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A TERRA
A terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a nossa viagem evolutiva. Comboio imenso, a deslocar-se sobre si mesmo em vários eixos de rotações e girando principalmente em volta do sol.
VIDA EM FAMÍLIA
22 abril 2008
Pluralidade dos Mundos Habitados
- Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar.
- Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais.
(S. João, cap. XIV, vv. 1 a 3.)
Diferentes Estados da Alma na Erraticidade
A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos
Diferentes Categorias de Mundos Habitados
Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repou-sando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.
Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.
Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. - Allan Kardec.
20 abril 2008
FELICIDADE
O que nós fazemos aqui, para obtê-la?
Todos nós seres terrenos não estamos no plano terra para se fazer um estágio de corpo físico, mas transitamos no orbe para um estágio de espírito. Cabe a cada um descobrir na Terra a razão fundamental da existência, no propósito de estabelecer para si os paradigmas necessários a sua felicidade. Este estágio, enfim, está relacionado ao crescimento interior de cada ser, talvez sendo esta a razão principal da permanência no Orbe; a procuração de auto-aprimoramento, ou seja, o progresso do espírito.
De maneira lamentável, não sabemos nós o que representa a felicidade por termos nos a mania de nos veicularmos aos bens materiais. Condicionamos a conquista da sonhada felicidade a aquisição de bens terrenos variados, alguns pensam na fama, sucesso e poderes. Outros chegam ao cúmulo de desejar não sofrer ou caminhar sem a existência de problemas, mas todos relacionados aos fatores externos.
Lembremos que a felicidade não pode ser procurada em fatores externos, pois ela se encontra dentro de todos nós; antes de tudo, a felicidade é um estado de alma. Uma maneira descondicionada de ver a vida é baseà-la somente em fatores internos, na ética e moral. Ser feliz é uma questão de atitude comportamental, em suma é a melhor execução que fazemos das nossas tarefas a serem realizadas no planeta. Todos nós temos as nossas missões a serem desenvolvidas e cumpridas para o nosso progresso intelectual e espiritual. Lições, desafios e tarefas, a grande ventura toma conta do nosso ser quando vencemos esses obstáculos que a vida nos apresenta. Isso é felicidade.
Por detrás de cada esquina da vida sempre encontramos problemas a serem solucionados, Se não acredita, basta olhar para trás e observar que todas pessoas felizes, um dia passou por grandes desafios, provas ou expiações. Lembre sempre dos primeiros cristãos, que cantando enfrentaram a arena romana e os leões dos cesares.
Para ser feliz deve o ser humano vencer o desafio de domar as suas próprias más tendências e buscar sempre o auto-conhecimento. Lembre sempre de ser melhor hoje e ainda melhor amanhã. As veredas da felicidade fazem parte da metodologia do crescimento interior; cada dia um pouco mais, subindo sempre os degraus do trabalho constante na prática do bem.
Viva da melhor maneira possível na prática do bem, a aquisição de bens espirituais é a melhor maneira de se apresentar a Deus quando o traspasse nos alcançar.
Felicidade é sempre proporcional ao bem que fazemos aos outros. Portanto, a resposta à felicidade terrena se baseia na caridade para com o próximo. A verdadeira caridade, filha do amor é aquela que se baseia na prática do perdão, do esquecimento das ofensas, na erradicação das causas da miséria e elevação moral do ser humano. Caridade transforma os indivíduos, torna-nos responsáveis pelas vidas dos outros.
A decisão de se tornar feliz, está sempre nas nossas mãos. O livre arbítrio nos possibilita a tomada de decisão em prol das opções do bem, fortalecendo o espírito, e condicionando a felicidade de servir. A arte da boa vivência é a arte de servir. Feliz é quem ama e não quem é amado. Felicidade é a arte de exalar alegria. Só pode ser alegre aquele que domina as suas más inclinações.
Viva a vida com os olhos do bem, com a visão do amor e com o desejo da caridade. Agradeça o trabalho, a família em que vive e enfrente os obstáculos com a fronte erguida, amando e servindo, e encontrará a felicidade, mesmo que no plano Terra.
Ncbaiao
15 abril 2008
Saber Morrer
Desse destino, nenhum ser humano escapará. E, no entanto, como tememos esse momento! Com que dor a maioria de nós pensa no instante da morte.
É que fomos ensinados a temer a morte. Ela nos é apresentada como sinônimo de lágrimas, instante de trevas, definitiva separação dos seres amados.
Abismo e tristeza. Aprendemos que a morte se faz de luto e mistérios, névoa e saudade.
Mas é preciso se preparar para a chegada da hora final. Afinal, a cada dia se reduz nossa estada na Terra.
Desde que nascemos, cada respiração assinala a diminuição de nosso tempo no planeta.
Porque o ritmo da vida material nos envolve, quase sem percebermos, deixamos de lado a lembrança de que caminhamos mais um passo em direção à morte.
O fim é apenas do corpo físico, pois a alma – a essência do que somos – esta existirá para sempre. Os séculos correrão, mas nós sobreviveremos.
Nessa longa estrada que é a vida, muito iremos aprender. Outros amores, parentes, lugares e situações irão enriquecer a nossa experiência.
E muitos outros corpos servirão de instrumento para o nosso aprendizado.
Por isso, nada de demasiado apego ao corpo. Ele é importantíssimo, mas é uma ferramenta de trabalho. Nele temos apenas um auxiliar para a nossa educação.
Com a ajuda desse corpo, vivemos na Terra, construímos uma família e nos relacionamos com outros seres humanos. Ele é essencial para a vida em sociedade que burila o nosso Espírito.
É que no contato com as outras pessoas temos a oportunidade de exercitar paciência, tolerância, solidariedade e ética.
Enfim, pôr em prática gestos e situações que são puras manifestações de amor.
E não é esse o objetivo maior de nossa vida: descobrir, exercitar e vivenciar o amor?
Nada há a temer na morte quando a vida é plena em amor, quando os dias são perfumados pela bondade, quando a consciência é reta e o dever cumprido.
Quem vive assim – de coração sossegado e plantando alegrias – aguarda que a vida cumpra seu ciclo natural.
Para este, a hora da morte é serena. Abrirá os portais de um mundo novo, cheio de descobertas: a Casa do Pai Celeste.
Um homem de bem morre como alguém que descansa após um dia de trabalho bem feito. Não tem apego a nada, pois sabe que deve devolver a Deus tudo o que recebeu.
A renovação é a regra geral da natureza. Quando a morte chega é à hora de devolver ao Mundo o corpo frágil, que se misturará às águas e a terra.
Será consumido, alimentará microorganismos. Outros seres viverão a partir daí
E o homem que usou aquele corpo estará longe: abrirá os braços para o infinito. Seus olhos contemplarão estrelas, luzes, cores e formas nunca sonhadas.
Seguirá com o coração em festa. Pronto para novas experiências, disposto a aprender e a amar.
O poeta Rabindranath Tagore, Prêmio Nobel de Literatura, escreveu sobre a própria morte:
É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs.
Eu já devolvi as chaves de minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro, apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não perguntem o que levo comigo:
Sigo de mãos vazias e coração confiante.
Redação do Momento Espírita. - Em 19/03/2008.