28 de Março de 2008 ncplanetaterra.blogspot.com.br
A TERRA
A terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a nossa viagem evolutiva. Comboio imenso, a deslocar-se sobre si mesmo em vários eixos de rotações e girando principalmente em volta do sol. Nesse comboio podemos colocar as várias classes sociais que o habitam como imensos vagões a desfilar em processos sucessivos de encarnações. Mais de vinte bilhões de almas conscientes, que por ele transitaram e que agora estão desencarnadas e bilhões de inteligências que são aproveitadas atualmente nos múltiplos serviços do progresso planetário, convivendo no domicílio terrestre, em faixas variadas de evolução. No imenso educandário, há tarefas múltiplas e urgentes a serem feitas em prol de melhorias de vida e sustentabilidade do planeta. Isso é para todos os que aprendem que a vida é movimento, progresso e principalmente ascensão espiritual. A Terra, nossa casa é oficina laboriosa, em plena paisagem cósmica que espera sempre por nós, a fim de convertemo-la em glorioso paraíso. Para a maioria dos seres humanos, necessitados de experiência nova e ampla aprendizagem espiritual, a reencarnação nesse Planeta não é somente uma imposição da Lei Natural, mas também um prêmio divino pelo desejo de aprendizagem e progresso. Cada povo no passado e no presente do comboio terreno constitui uma seção preparatória da humanidade em prol de grandes ascensões, a frente do porvir.
VIDA EM FAMÍLIA
Sob o ponto vista espiritual, se a terra é o grande laboratório, onde o espírito apara as arestas e se prepara para habitar o mundo espiritual, onde a fraternidade é o sentimento que determina o relacionamento entre os espíritos, a família poderíamos dizer é setor primordial desse laboratório. A Família é extremamente importante para que ocorra a troca de afetos e do equilíbrio emocional entre as pessoas.
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 13, versículo 34.)
A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea.
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”.
O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos queridos, na intimidade dos corações.
A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco.
Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações.
A vida nos mostra que o destino de muitas pessoas se encontra em nossas mãos. Assim também demonstra a maledicência de certas pessoas capaz de destruir para conseguir seus objetivos, não importando como os faz. Esquecem a bondade infinita e cometem flagrantes injustiças. Mas para esconder as intenções reais, consideram que tudo na vida acontece pelas mãos e vontade de Deus: crianças e velhos abandonados pelas ruas, órfãos em casa lares, tragédias familiares, doenças, misérias, infortúnios incontáveis.
A vida constitui dádiva divina, mas a qualidade de vida será sempre fruto das ações humanas. Do comportamento moral e desenvolvimento espiritual vivenciado nesse pequeno espaço de vida correspondente a passagem terrena. Sofredores das diversas enfermidades dependerão de quanto amor, podemos distribuir na atual vivência. Exercitando nossa vontade temos o poder de moldar nosso destino e de influenciar sobre o destino daqueles que nos rodeiam. Influencia fraternal sem exercício da oportunidade de esmagar a vida. Sem objetivos nefastos, sem ambições, usura, agressividade, violência, desonestidade, mentiras, vícios e crimes.
A grande maioria dos irmãos não é má, apenas não assumem o compromisso com o bem. Exatamente por isso o mal no mundo se sobressai. A omissão silenciosa dos que acreditam serem bons prontifica a ação da maledicência. O bem não desenvolve nenhum esforço em prol do próximo. A dificuldade de se amparar, orientar e atender as carências não se constitui preocupação pessoal. Como se diz: o problema não é nosso. O abandono do velho, do jovem, é problema da sociedade.
Na realidade o problema social é a orfandade de amor. A falta de compreensão e caridade. De assumir deveres, principalmente o dever cristão da solidariedade; distribuir fraternidade. Viver a lição de amor de Jesus: “Prestar ao semelhante todo o benefício que gostaríamos de receber de sua parte se sofrêssemos as mesmas carências.”
Compaixão. Está é a palavra chave. Toda doutrina cristã nos deixa bem claro que não podemos nos omitir diante das misérias e sofrimentos alheios. O destino de nosso mundo é o somatório de nossas ações. É da obra de cada um de maneira isolada que constituirá a nossa vida futura. Não se faz uma sociedade boa, deixando de lado a sofrer velhos e jovens ao léu, sem o cultivo da solidariedade e do amor.
Influenciando o bem no destino dos irmãos de venturas, encontramos o nosso verdadeiro caminho. Clareando a sendas alheias iluminamos o nosso próprio passo.
A doutrina dos espíritos veio ensinar um novo caminho para que a vida terrestre ofereça mais ampla criação de valores espirituais para a vida maior.
Se antes, desconhecendo-a, os homens conseguiam avançar razoavelmente, lidando, afanosos, em todo o período da existência, em prol da evolução de si mesmos, através de esforço físico contínuo em determinado setor dos interesses de César, hoje, conscientes dos princípios espíritas, é possível produzirem muito mais para as vossas almas e para a humanidade, através do esforço contínuo em determinado setor dos interesses do Cristo, sem detrimento dos deveres comuns.
A renascença moral dentro da própria alma é o movimento mais importante para a criatura.
Sem fantasias ou superstições tendentes ao fanatismo cego, não mais vale para o espírita deixar-se absorver inteiramente por um emprego humano, por uma profissão digna, por uma posição social ou por uma liderança de vantagens terra-a-terra, conquanto respeitáveis.
Acima de quaisquer circunstâncias transitórias entre os homens, prevalece para ele a inadiável necessidade de melhorar-se, intimamente, atento à vida real que o espera no futuro.
O espírita não menosprezará a execução de suas obrigações na sociedade, perante o reduto doméstico e à frente das lides profissionais, que aceitará naturalmente como graves pontos de honra, tanto quanto não esbanjará talentos e responsabilidades que lhe foram situados nas mãos; entretanto, não se desgastará consumindo saúde, inteligência, tempo, oportunidades e recursos outros exclusivamente nisso; alcançará a visão para o mais alto, buscará elevados objetivos mais além, demandará, com todas as suas forças, a edificação da fraternidade legítima, onde estiver.
Relembremos que Jesus nos recomendou: - "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", sem qualquer indicação de que devamos dar a César mais do que o lícito e necessário.
Portanto, espíritas irmãos, doemos a César, personificado nas exigências passageiras do mundo, o respeito e a colaboração digna a que estamos debitados pela própria natureza, mas sob qualquer roupagem exterior com que nos caracterize, saibamos viver para o Cristo, a fim de que estejamos efetivamente na construção do reino de Deus.
Cairbar Schutel
Do Livro: Seareiros de Volta
Psicografia: Waldo Vieira
Editora: FEB
Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração, para que se faça alvejado fora do peito. Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram. E bastas vezes, tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão, pelas fontes dos olhos. *** Compreendemos, sim, neste outro lado da vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê.... *** Se varas instantes semelhantes de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior. Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no plano físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível, mas não de toda ausente. Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam. Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranqüilizá-Los com o apoio de tua conformidade e de teu amor. Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, hei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as aflições sobretaxadas com as tuas. *** Compadece-te dos Entes Amados que te precederam na romagem da Grande Renovação. Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em Bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.
LIVRO NA ERA DOS ESPÍRITOS
Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos
Dia desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada. Interessante porque, nossa vida, não passa de uma viagem de trem cheia de embarques e desembarques , pequenos acidentes pelo caminho, surpresas agradáveis com alguns embarques e tristezas com os desembarques. Quando nascemos, ao embarcamos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos, farão conosco a viagem até o fim: Nossos Pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, nos deixando órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós. Embarcam nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio, outros fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem, há também, pessoas que passam de vagão a vagão prontos para a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus acentos, ninguém sequer percebe. Curioso, é considerar que, alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes ao do nosso. Isso nos obriga a fazermos essa viagem separados deles . Mas claro que isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar-nos ao seu lado, pois,
outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem então da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles, o que tem de melhor, lembrando sempre que , em algum momento do trajeto poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E certamente , alguém nos entenderá. O grande mistério, afinal, é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: Quando eu descer desse trem, sentirei saudades? Sim. Deixar meus filhos viajando nele sozinhos será muito triste. Separar-me de alguns amigos que fiz nele, do amor de minha vida, será para mim dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei grande emoção em vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram. E o que me deixará feliz, é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
No livro o Consolador, na questão 109, nos diz Emmanuel que: “O Período infantil é o mais o sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos.”
No período do berço até aos sete anos, o Espírito ainda encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis porque o lar é tão importante para a edificação do ser humano, e por que tão profunda é a missão dos pais perante as leis divinas.
Passada a época infantil, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito com o mundo material, Atingido, pois, a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma reencarnada terá tomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltaram à luz interior dos sagrados princípios educativos.
Todos os princípios de uma boa educação se processam no lar, através do ensino evangélico; onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter moral. Somente a família pode educar. “È por essa razão que a universidade pode fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o ser humano”.
Essa é a tarefa de cristianização que o espiritismo evangélico, vem realizando no sentido de iluminar a consciência das criaturas, a fim de que o lar se reestruture e um novo ciclo de progresso espiritual se traduza, entre os seres humanos, em lares cristãos, harmônicos, para uma nova era da humanidade.
O objetivo maior da evangelização infantil é preparar o ser humano para as adversidades da vida, moldando-o para serem simplistas, humanitários e mansos, como o foi Jesus. E o meio de se conseguir tal intento é desde o berço lhe ensinar Moral e Amor, e a prática de boas obras, para que quando atingir a idade da consciência plena, ele possa saber distinguir consciente a escolha que o leve a aquisição de bens espirituais.
Não se pode deixar a criança se desenvolver com a máxima liberdade, pois, pode dar ensejo a graves perigos. “Criança livre é a semente do celerado”.
Como se pode observar à própria reencarnação constitui, em si mesma, restrição considerável à independência absoluta da alma, necessitada da expiação e de corretivos, para que possa se reformar e progredir.
Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus. Agir contrariamente a estas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga para os excessos de toda sorte, que conduzem ao aniquilamento e ao crime.Projeto Social - Posto de Assistência Aprendizes do CaminhoCEAM - Comunidade Espírita Allan Kardec de Mineiros.Departamento de EvangelizaçãoLivro: "O Consolador" - Emmanuel / Chico Xavier
Cuidado! Com os nossos pensamentos. Eles se transformam em palavras. Cuidado! Com as nossas palavras. Elas se transformam em ações. Cuidado! Com as nossas ações. Elas se transformam em hábitos. Cuidado! Com os nossos hábitos. Eles moldam o nosso caráter. Cuidado! Com o nosso caráter. Eles controlam os nossos destinos.
* Modus operandi: É uma expressão em latim que significa "modo de operação", utilizada para designar uma maneira de agir, operar ou executar uma atividade seguindo sempre os mesmos procedimentos.