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A TERRA
A terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a nossa viagem evolutiva. Comboio imenso, a deslocar-se sobre si mesmo em vários eixos de rotações e girando principalmente em volta do sol.
VIDA EM FAMÍLIA
02 maio 2008
Milho de Pipoca
Espíritos perfeitos.
O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra dentes, impróprios para comer. Pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa. Melhor.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo da dor.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de se ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Pode ser fogo de fora. Perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cuja causa ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio.
Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui, cessa. E com isso a possibilidade da grande transformação interior desaparece.
Imaginem o que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro, ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou, vai morrer.
Dentro de suas cascas protetoras e duras, fechadas em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que esta sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz; transformar em algo melhor. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece. Plock! – e ela aparece como outra coisa, completamente diferente que ela mesma nunca havia sonhado.
Piruá é o milho de pipoca que se recusam a estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca de milho que não estoura.
O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada.
Seu destino é o lixo...
Baseado no livro “O amor que ascende a lua” de Rubens Alves.
Sugestão: Façamos da nossa vida uma pipoca maravilhosa e deliciosa, afinal o importante é mudar sempre e essa oportunidade todos nós a temos na vida diária.
Ncbaiao
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