Os judeus ao contrário já acreditavam num único Deus e esperavam um Messias, estavam, pois preparados, pela lei de Moisés e pelos profetas, para receber as promessas divinas. É por isso que Jesus disse para irem atrás das ovelhas desgarradas de Israel, ou seja, para irem semear em terreno já desbravado, sabendo de antemão que iriam existir maiores conversões aos seus ensinamentos. A conversão dos gentios viria mais tarde, tudo a seu tempo. Como de fato mais tarde ocorreu, no próprio centro do paganismo; Roma, onde os apóstolos foram plantar a cruz.
Além disso, ocorre com as idéias o mesmo que com as sementes: elas não podem germinar antes da estação, e somente em terreno preparado.
Eis por que é melhor esperar o tempo propício e cultivar primeiro as que germinem, evitando perder às outras ao apressá-las muito.
No tempo de Jesus, em conseqüência das idéias restritas e materiais da época, tudo era limitado e localizado; a casa de Israel era um pequeno povo; os gentios eram também pequenos povos vizinhos.
Hoje, as idéias se universalizam e se espiritualizam. A nova luz já não é privilégio de nenhuma nação; para ela não existe mais barreira; o seu foco está em todos os lugares, e todos os homens são irmãos.
Mas os gentios também não são mais um pequeno povo, eles são agora uma opinião que encontramos em muitos lugares, sobre a qual a verdade triunfa pouco a pouco, como o Cristianismo triunfou sobre o paganismo. Não é mais com as armas de guerra que são combatidos, mas com a força da idéia.
* N. E. - Gentio: pagão, idólatra; (neste caso) que não aceitava a crença em um único deus.
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