Quando Jesus no momento de sua prisão no jardim das oliveiras reprova a ação violenta de um dos que estavam com Ele com a seguinte advertência: “Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada a espada morrerão.” – Mt 26, 52; está nos dizer sobre a lei de causa e efeito.
Perfeitamente como designado em seu apocalipse: “aquele que levar par ao cativeiro, irá para o cativeiro; aquele que matar a espada importa que seja morto à espada. Aqui está a paciência e a fé dos santos.” – Ap 13, 9-10.
Deve ser por isso que Jesus nos legou a sua lei áurea: “... tudo o que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também vós a eles, esta é a lei e os profetas” – Mt.7, 12.
O mestre ensina, pois que recebemos da vida o que dermos a ela, sobretudo no que respeita à pessoa de nossos semelhantes; mas como temos visto aparentemente muitos tem cometido desatinos nessa vida e não têm recebido o pagamento as suas injúrias. Aparentemente a lei de talião não os alcança.
Observemos que Jesus não prega a lei de talião, apesar de que na aparência esteja a pregar que o que fizermos ao outro nos atingirá em futuro próximo. É um contra-senso; pois em vários momentos de sua pregação terrena tenha ensinado o amor. A doar a outra face quando atingido pelo mal.
Tudo é uma questão de conhecimento profundo do sentido das palavras de Jesus. Ao dizer que aquele que matar a espada, à espada perecerá, não aplica o ensinamento do “olho por olho, dente por dente”, mas sim que Deus não deixa escapar o infeliz da lei do carma (causa e efeito), um fenômeno natural que é explicado pela lei da reencarnação. Nascer de novo para quitar débitos de vidas passada; correção dos erros pelo sofrimento para a depuração do espírito; lei do progresso.
A resposta dos Espíritos superiores a Allan Kardec nos mostra que nos enganamos a cerca de tais palavras, A pena de talião é a justiça de Deus. É Deus quem a aplica. Pois somos punidos naquilo que pecamos, nesta existência ou em outra.
Aquele que for causa de sofrimento aos semelhantes virá a achar-se numa condição em que sofrerá o que tenha feito sofrer. Esse é o sentido das palavras de Jesus. Mas não vos disse Jesus também que devemos perdoar os nossos inimigos? Não vos ensinou a pedir a Deus que perdoe as ofensas como houverdes vós mesmos perdoado. Compreendei, pois o bem que deve fazer ao vosso semelhante.
“a nenhum espírito é dado a missão de praticar o mal. Aquele que o faz fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às suas conseqüências. Pode Deus permiti-lo que assim proceda para vos experimentar; nunca, porém, lhe determina tal procedimento.”
O fato, então, é que, sendo praticante de injúrias (mau ato) nada nos livrará da lei de causa e efeito, nada nos livrará de alguém que mais cedo ou mais tarde nos queira cobrar e atentar contra nossa vida, pelo mau uso de seu livre arbítrio, porque estaremos colhendo o fruto do plantio anterior, estaremos na posição de devedores perante a lei de Deus. Ou, dependendo das circunstâncias em que vivermos na atual existência, do mal que houvermos praticado contra nós mesmos, ao nosso corpo físico, nada nos livrará das doenças que os desajustes plasmarão em nosso perispírito*.
“É fatal que os escândalos venham; mas aí do homem por quem vem o escândalo.” – Mt. 18,7.
Vemos, assim, que as palavras de Jesus somente têm o verdadeiro sentido, na integra, mediante a lei sagrada da reencarnação.
* Envoltório que une o corpo fluídico espiritual ao corpo físico.
Reencarnação – Sérgio Fernandes Aleixo – pág. 108 - 111
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