ESE - Cap. X, item 16
A indulgência é um sentimento doce e fraternal que todo ser humano deve alimentar para com seus semelhantes.
A indulgência não procura ver os defeitos de outrem, mas se por acaso notá-los procura não os divulgar. Procura ao contrário ocultá-los a fim de que não se tornem conhecidos.. Mas se a maledicência os venha descobrir, sempre inventa uma desculpa plausível e séria, não com a aparência de atenuar as faltas, mas sim com a intenção de elevar o lado benévolo dos acontecimentos.
A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras, apenas conselhos e, nas mais das vezes, velados.
Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada um, de cada coração, quando criticais, e procure desculpar muitas vezes a falta que censurais em outrem.
Lembrai-vos de analisar se não tereis, quiça, cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. - José, Espírito Protetor (Bordeus, 1863).
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