Já observastes a borboleta de asas multicores despir a informe crisálida, o invólucro repugnante, no qual , como lagarta, se arrasta pelo solo?
Já a viste, solta a volitar, livre, ao calor do sol, no meio do perfume das flores?
Não ocorre imagem mais fiel para o fenômeno da morte.
Assim como numa crisálida a lagarta se desprende do invólucro, e vira uma linda borboleta, o ser humano deixa o corpo físico, voltando o despojo corpóreo ao grande monturo, no laboratório da natureza, enquanto a alma ganha asas e volita ao espaço. O espírito depois de completar a sua obra, lança-se a uma vida mais elevada, se assim o merecer.
A vida espiritual sucede à vida corpórea, assim como o dia sucede a noite.
Assim se extingue e distingue cada uma das nossas encarnações.
Firme no princípio da vida eterna, onde o espírito é imortal, não mais temeremos a morte. Esta simplesmente se tornará uma passagem para um outro mundo, uma outra dimensão.
Assim ousaremos encará-la sem temor.
Não mais haverá necessidade de lágrimas; tristeza sim, são nossos entes queridos, que amamos na vida terrena; que pela bondade divina iremos rever. Os nossos funerais serão mais compenetrados no amor, focados nas orações de esperanças, pela qual celebraremos a libertação da alma, sua volta à verdadeira pátria; o reino dos Céus.
A morte é uma grande reveladora.
Na hora da provação, perguntamos a vezes: Porque nasci?
Nessas horas de angústias e de dúvidas, uma revelação nos é feita. Nascestes para depurar o espírito, para progredires em busca da perfeição espiritual; sofres para engrandeceres.
O nosso destino é grande. Não somente vivermos na Terra.
Todo mundo busca um paraíso.
Essa terra fria não é teu sepulcro.
Os mundos que brilham no âmbito dos céus são as tuas futuras moradas, a herança que Deus nos reserva.
És cidadão do universo.
Não só de uma acanhada Terra.
No atual momento aqui preparas a tua elevação.
Suporta, pois, com calma, os males por ti mesmo escolhidos, quando pedistes para voltar. Semeia na dor e nas lágrimas o grão que reverdecerá em tuas próximas vidas.
Semeia também para os outros.
A ascensão é rude, e o suor banha a fronte, mas, no cimo, verás o Sol da Verdade.
Bem longe de dormires no túmulo, vagueias o universo a distribuir amor.
A seara do Cristo requer sempre trabalhadores do bem
Adorável e divino mistério...
Mas basta de dúvidas estéreis;
trabalhai e amai.
Um dia a morte vos reunirá.
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