“Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita”.
Ocultar a mão para que a outra não saiba o que foi feita
É a imagem que caracteriza a beneficência modesta.
É fazer o bem sem ostentação, o que é meritório.
A beneficência sem ostentação tem nesses casos duplo mérito.
A ajuda material e a caridade moral.
Principalmente quando feita sem mexer com a suscetibilidade alheia.
Fazê-lo aceitar o benefício sem magoar-lhe o amor-próprio, salvaguardando-lhe a dignidade de ser humano.
Aceitar um serviço é bem diverso de se aceitar uma esmola.
Mas também devemos tomar o cuidado de não converter o serviço em esmola.
Isso humilha também o que o recebe.
É bom nesses casos inverter o papel.
Tornar-se o beneficiado em presença daquele a quem presta serviços.
Pela imagem contrária, o coração comove.
A verdadeira caridade é delicada e engenhosa em dissimular o benefício.
É incapaz de melindrar.
Pois evita que qualquer atrito moral possa aumentar o sofrimento originado da necessidade.
Palavras brandas e afáveis colocam o beneficiado a vontade em presença do benfeitor.
Ao passo que a caridade orgulhosa.
Aquela que a mão fica a vista.
Normalmente esmaga.
E em humilhar alguém sempre concorre o orgulho.
E vence a maldade
ESE. – Capítulo XIII, item 1a 3.
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