“A crença na Imortalidade é intuitiva, entretanto, a maior parte dos que nela crêem apresenta-se possuídos de grande amor as coisas terrenas e temerosas da morte”.
Este temor é efeito ou conseqüência do instinto de conservação comum a todos os seres viventes do plano Terra. Este instinto é o freio necessário que a Providência induz aos seres, a evitar deixar os mesmos, de maneira prematura a vida e a negligência ao trabalho evolutivo terreno, que servi ao próprio adiantamento espiritual.
A medida que o ser humano compreende a vida futura, o temor da morte diminui, uma vez esclarecida a missão do plano Terra, uma calma e a resignação lhe paira no ser. Antes do conhecimento da vida futura, o Ser se apega ao presente e após o conhecimento da vida existente após a vida, o mesmo vive para a sua melhoria, sem desprezar o conhecimento do presente, por saber que o presente e que de suas boas ou más ações é que lhe advém às conseqüências no futuro.
Para que o Ser humano se liberte do temor da morte é necessário penetrar no conhecimento do mundo espiritual. Atrasado o Espírito em relação a vida espiritual, a vida material prevalece sobre a outra, e o Ser humano apegado a matéria não distingue além da vida corpórea, que na maioria das vezes se apresenta desesperado e perdido. Ao contrário se concentrarmos os pensamentos não no corpo, mas no espírito imortal – Ser real – que a tudo sobrevive, choraremos menos as perdas do envoltório carnal, fonte eterna de misérias e dores.
O temor da morte decorre, pois, da nossa noção insuficiente de conhecimentos do plano espiritual, da vida futura, embora também seja a necessidade de viver e o receio da destruição total, ou seja, a incerteza da sobrevivência da alma.
Mas grandemente ocorre que o medo da morte, seja dado pelo ensino que nos é dado na infância, pelo quadro religioso, sendo nada sedutor e ainda menos consolatório.
· De um lado entes queridos contorcendo-se em torturas e chamas eternas os erros de uma vida passageira na Terra. Após sucessivos anos, ou séculos passados não há esperança a tais sofredores e nem se aproveita os arrependimentos que possivelmente possam ter.
· Almas combalidas as aflições no purgatório aguardando a intercessão dos vivos, que por elas orem, sem que elas próprias possam fazer o esforço de progredirem.
· Os eleitos do Senhor na contemplação da figura divina, por toda uma eternidade numa fatigante monotonia, sem nada de bom a produzir.
Este estado não satisfaz nem as aspirações, nem a idéia de progresso espiritual, única que se afigura compatível com a verdadeira felicidade.
Sendo Deus bondade infinita e imensurável não puniria seus filhos colocando-os sobre um sofrimento eterno, sem possibilidades de melhorias espirituais, somente sendo salvos pelo arrependimento, sem o equilíbrio das pendências mal resolvidas, em futuras oportunidades de reconciliação com aqueles a quem magoou ou que foi por eles magoado.
A reencarnação é a Lei Justa do Pai; e a oportunidade do Ser novamente se colocar no plano terreno a disposição de controlar as tendências negativas da personalidade, a procura da sua progressão Espiritual, do AMOR FRATERNAL, em todas as Eras da Humanidade.
Evangelho Seg. o Espiritismo - Capítulo II - Meu reino não é deste mundo.
O Ponto de Vista: Os que acreditam na vida futura e os que acreditam que tudo se acaba com a morte
O Céu e o Inferno – Capítulo II
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